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OS PERIGOS DE UM DESLUMBRAMENTO

” NÃO TROQUE O AMOR VELHO PELO NOVO QUE HÁ DE VIR … …”

A Inteligência Artificial (não tão artificial assim, posto que foi concebida por humanos e, por humanos, está sendo testada, aliás, em uma disponibilidade verdadeiramente democrática, porque indiscriminada e gratuita), está causando uma revolução em todos os setores e aspectos da vida humana; só comparável à chegada da INTERNET.

Ao terminar a leitura deste breve ensaio, recomendamos ao leitor formular a seguinte pergunta, por demais abrangente, ao Chat GPT de IA: quais estão sendo os impactos de IA nas capacidades de negócios, comportamento humano, vida social e na prática?. Na qualidade de “aprendiz de feiticeiro” em matéria de TI fiz as referidas perguntas.
O prezado leitor, como eu, certamente se surpreenderá com a resposta, ao verificar a amplitude desta revolução, em todas as atividades às quais nos dedicamos, nós, pobres mortais; já que a IA não o é, por assim dizer; tornando, todavia, as mentes humanas (se já não o eram), em um passe de mágica, verdadeiramente imortais.

Por outro lado, está havendo, por parte das autoridades, uma preocupação incessante em regular a IA, preocupadas com o futuro desta. Só que em verdade o futuro não existe, não passando de uma incessante sucessão de presentes. Agora, experimente não ter tempo de olhar para o futuro. Acontecerá que você, simplesmente, nunca terá futuro algum. 
Regular a IA seguramente não será nada fácil. Há quem afirme, inclusive, que pela mesma experiência passaram aqueles que viveram ao tempo de Thomas Edison, quando quiseram regular a eletricidade, a qual ele acabara de descobrir.

No presente texto, cingir nos emos à atividade acadêmica, com ligeira digressão na área empresarial, em face dos intrusos de plantão  (hackers) que penetaram nos meandros dos registros digitais, contábeis e operacionais, do maior banco do Mundo (Banco Comercial e Industrial da China), causando-lhe o maior transtorno.

Retornando à área acadêmica, embora, com o uso da IA, nossos sentidos venham a ser digitalmente melhorados, a verdade é que “delegar tarefas ao CHAT GPT é abrir mão de aprender”. Quem o afirmou foi a neurocientista SUZANA HERCULANO-HOUZEL; indo até mais longe, em sua análise, quando confessou que seu maior medo é “a facilidade humana de sucumbir à preguiça”. (Valor Econômico, 13/04/23, página A20).
Falando-se sobre  o binômio IA e educação, não é de hoje que se sabe que, tarefas que possam ser resolvidas por mera  automatizadas, isto sem falarmos nas repetitivas, de qualquer natureza.

Já as de pesquisa, a seu turno, porém, serão grandemente beneficiadas, quanto ao tempo e estratégia de busca, agora bastante otimizados. 
Seja como for, a escola do futuro já chegou e teremos que nos gabaritar para não sucumbirmos a ela; tal qual o que ocorreu com o advento do ensino online, ou a distância, embora em menor escala.
Fugindo um pouco da área acadêmica, mas fiel ao subtítulo deste breve ensaio; se a IA é tão fenomenal assim, ela própria é quem deveria conter em seu bôjo, dispositivos de autoproteção, de auto blindagem, para não se prestar a ser instrumento de atos antiéticos, imorais e até mesmo desonestos. Não é sem razão, pois, que, hoje em dia, “negócios já usam a IA contra crimes digitais que ela [mesma] cria”. (A IA CONTRA ATACA. O GLOBO 12/11/23.Economia, página 17).

Se assim não for, teremos que retornar aos  tradicionais instrumentos de aferição (como os textos manuscritos e as provas orais, em matéria de educação) bem como os de transferência de dados, como os pen drives, no âmbito dos negócios digitais. 
 
Ao ser invadido o ICBC (chinês), maior banco do mundo, seus dirigentes, enquanto não encontravam um antídoto eficaz, foram obrigados a recorrer aos velhos e tradicionais, (porém, sempre presentes) pen drives,  para, atravessando a Wall Street, transmitir, e receber dados das corretoras, (empresa por empresa), bem como informações acerca das operações  realizadas por seus clientes, naquele período.
Já no âmbito acadêmico, em muitas das escolas dos EUA, as PROVAS passaram a ser MANUSCRITAS, bem como os EXAMES ORAIS voltaram a ser exigidos, pois, se digitadas as provas escritas, os professores não saberiam dizer se os respectivos textos eram pessoais autênticos, ou realizados pela IA.

Portanto, retornando, ao princípio deste brevíssimo ensaio, agora porém para concluí-lo, não nos resta senão completar o final daquele velho adágio: “NÃO TROQUE O AMOR VELHO PELO NOVO  QUE HÁ DE VIR, POIS O NOVO VEM E VAI E O VELHO TORNA A SERVIR

Prof. pós Doc Luiz Felizardo Barroso – PhD.

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